terça-feira, 5 de agosto de 2014

Nunca direi a Deus, Adeus.

Eis que vislumbro o desapego a vaidade.
Eis que sou um nefasto que não sabe ver as horas.
E, por minuta de contrato, desgraçado da vida,
desconheço a minha idade.

Vivendo a doce mentira e desconhecendo a venenosa verdade.
Num passo torto e displicente por falta de reciprocidade,
ando torto por não saber andar
Manco um pouco por culpa do joelho que jamais se pôs ao chão para rezar.

Eis que vislumbro o desapego a aparência.
Eis que sou uma interrogação paradoxal,
sem nexo ou conjugação verbal

Porque quando perguntarem que sou,
digam que me defino, sem veemência,
como qualquer frase sobre a vida, terminada em reticência...


Nefasto Sortecída.



2 comentários:

  1. "Quanto ao resto, sinto-me aqui perfeitamente
    bem. A solidão, neste verdadeiro paraíso, é um
    bálsamo para o meu coração sempre fremente, que transborda ao calor exuberante da primavera.
    Cada árvore, cada sebe forma um tufo de flores,
    e a gente tem vontade de transformar-se em abelha
    para flutuar neste oceano de perfumes e deles fazer o único alimento. (Os sofrimentos do jovem Werther - Goethe)

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  2. como qualquer frase sobre a vida, terminada em reticência...

    Adorei! Blog lindo, música boa ao entrar, um excelente poema, vou voltar.

    Tenha uma linda noite!
    Beijos!

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