domingo, 4 de agosto de 2013

Cavaleiro Andante

Cavaleiro andante,
com sua armadura de sangue e de alma,
com sua face nem sempre tão calma,
entregou sua alma farta ao mar
e jurou pra sempre, sempre lutar!

Cavaleiro andante
andando os caminhos ,
enfrentando moinhos,
de sonhos e de dor,
Sem guardar nenhum rancor,


cavaleiro andante,
esperando, após uma noite escura,
o sol nascer, com a  mais pura ternura,
pra aquecer o descaso cortado a navalha,
de sua indiferença pra viver o que é guerra e batalha



Notlim Santiago de Aguiar

3 comentários:

  1. Perfeito, poeta.

    Você me faz lembrar um clássico da literatura portuguesa. Veja aí:
    Busque Amor novas artes, novo engenho,
    para matar me, e novas esquivanças;
    que não pode tirar me as esperanças,
    que mal me tirará o que eu não tenho.

    Olhai de que esperanças me mantenho!
    Vede que perigosas seguranças!
    Que não temo contrastes nem mudanças,
    andando em bravo mar, perdido o lenho.

    Mas, conquanto não pode haver desgosto
    onde esperança falta, lá me esconde
    Amor um mal, que mata e não se vê.

    Que dias há que n'alma me tem posto
    um não sei quê, que nasce não sei onde,
    vem não sei como, e dói não sei porquê.
    Luís de Camões

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  2. Eis uma metáfora de nós mesmo: guerreiros para (sobre)viver (a) essa vida.

    Bonitos versos, Santiago!

    Abraço grata pela visita.
    Voltemos sempre q possível!

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